Quem sou eu?
Eu não sou o que aconteceu comigo, eu sou o que eu escolhi me tornar.
– Provavelmente por Carl Jung
Programadora
Eu sou uma programadora. Eu gosto de usar a minha criatividade para escrever programas que ajudem outras pessoas. Seja para resolver um problema, otimizar um processo, melhorar uma experiência ou qualquer demanda que aparecer. Eu gosto de me envolver no processo e conseguir conversar com todas as pessoas envolvidas. Eu gosto da adrenalina de um projeto novo, eu gosto da inquietação que um problema não resolvido me causa, eu gosto da serotonina liberada quando eu resolvo esse problema e eu gosto da calma que uma tarde de programação ao som da chuva me traz. A programação me escolheu, e eu sou extremamente grata que ela o tenha feito.
Psicóloga
Eu sou uma psicóloga, e eu nunca deixarei de ser. Eu me formei pela Universidade de Brasília e eu sempre achei que psicologia fosse o meu propósito na terra. Talvez seja. Talvez a minha psicóloga interna leve a programadora em mim a escolher uma trilha de gerência. Talvez não. Mas isso não me importa muito. O que eu carrego foi o que eu aprendi dentro e fora da sala de aula. As pessoas, conexões, histórias e vivências. Eu aprendi a escutar, me conectar, me importar e ter empatia. Parte do juramento que eu fiz quando eu me tornei psicóloga foi que o meu trabalho seria pautado nos princípios da qualidade técnica e do rigor ético, e onde eu for e o que quer que eu faça, essas palavras caminham comigo.
(Quase) Artista
Apesar de nunca ter me considerado uma artista, a arte sempre esteve presente na minha vida. Eu amo dança, musicais e livros. Hoje, se eu tivesse que me classificar, eu diria que eu sou cantora e artesã, mas eu nunca perdi as habilidades que eu aprendi nem nunca parei complamentamente de fazer nenhuma delas.
Como esse é o meu blog, tudo aqui é sobre mim. Então aproveite a minha vida sob o ponto de vista das artes:
- 6 anos: Eu comecei a fazer Ballet Clássico.
- 8 anos: Eu comecei a fazer aulas de Jazz.
- 10 anos: Eu fiz uma aula de sapateado.
- 11 anos: A minha professora saiu da academia de dança para abrir um bar e eu fiquei de luto.
- 12 anos: Eu comecei aulas de Dança do Ventre.
- Ainda aos 12 anos: O Clone começou e o preço da aula triplicou, eu saí da Dança do Ventre.
- 13 anos: Eu ganhei um violão de presente e tentei aprender a tocar. Não deu certo. Eu também fui convidada para ser modelo. Eu aceitei e decidi que ia ser mundialmente famosa e casar com o Matt Damon. Minha mãe não deixou.
- 14 anos: Eu comecei a fazer trabalho voluntário em orfanatos com um grupo de palhaços.
- 15 anos: Eu entrei para um grupo de teatro amador onde eu atuei, dancei, cantei e em geral fui muito feliz.
- 16 anos: Eu adquiri fama na escola por transformar todos os meu trabalhos em apresentações artísticas.
- 17 anos: Uma das peças teatrais que meu grupo adaptou de um dos livros do PAS (Programa de Avaliação Seriada) foi levado para uma outra filial da minha escola no Rio Grande do Sul.
- 18 anos: Eu entrei na faculdade para Pedagogia e comecei uma disciplina da UNB chamada Canto Coral.
- 19 anos: Eu larguei a Pedagogia, voltei pro Cursinho pré-vestibular e comecei a dançar Flamenco.
- 20 anos: Eu passei para Psicologia, voltei para o Canto Coral e comecei a dançar Forró.
- 21 anos: Eu comecei a me apresentar de graça como um favor para a minha professora de Flamenco sempre que alguém a chamava para se apresentar de graça em algum lugar sem noção. Eu já dancei domingo de manhã no Eixão do Lazer, em cima de azulejo em uma reunião do Rotary e em cima de pedra no aniversário da Superquadra 308 sul. Coisas de Brasília.
- (Ainda) 21 anos: Eu parei o forró e comecei a dançar Samba de Gafieira. Eu comecei a fazer aula particular de violão. Não deu certo.
- 22 anos: Eu comecei a me apresentar de maneira semiprofissional com a equipe de dança Flamenca. Isso significa receber para dançar num tablado 2x2 com 6 pessoas em um bate-volta entre Brasília e Pirenópolis.
- 23 anos: Eu saí do Flamenco e entrei para o Coro Sinfônico da UNB.
- 24 anos: Eu comecei a fazer aulas de canto.
- 25 anos: Eu formei, mudei para São Paulo e deixei a minha vida de artista pra trás. Eu comecei a fazer artesanato, iniciando com encadernação.
- 26 anos: Meu antigo professor de canto também se mudou para São Paulo e eu retomei as minhas aulas.
- 27 anos: Eu parei de cantar e encontrei conforto em aprimorar minhas habilidades de artesanato. Eu comecei a fazer coisas de papelão e tecido. Porta-lápis, porta joias, porta-chaves, porta qualquer coisa.
- 28 anos: Eu comecei a fazer coisas de cimento, tipo vasinhos de plantas e porta coisas de banheiro e a costurar, eu fiz até uma cortina blackout muito boa!
- 29 anos: Eu comecei a fazer bolos decorados e doces gourmet.
- 30 anos: Eu comecei a trabalhar com couro.
Depois dos trinta a gente para de contar a idade, e esse ano eu posso ou não estar fazendo 30 pela trigésima terceira vez. Não tem como saber esse tipo de coisa.
Eu voltei para Brasília e comecei a costurar roupas, mas eu não sei se é um hobby que eu vou querer investir. Eu também comecei a construir uns móveis de madeira, então quem sabe marcenaria? O meu violão ainda mora comigo, e de vez em quando eu ainda tento aprender a toca. Eu casei com um músico e ele é um excelente professor, então nunca se sabe.